quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Quatro Mitos Sobre o Nosso Cérebro

O nosso cérebro é um dos organismos mais complexos da Natureza e, apesar dos esforços dos cientistas, ele ainda guarda muitos segredos. Muitos especialistas tentam, porém, romper com alguns mitos a respeito do cérebro e do seu funcionamento. Confira a seguir:
MITO NÚMERO 1 – Usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral
Muitos de nós ouvimos dizer que usamos apenas 10% dos nossos cérebros. E é natural que pensemos que, talvez, haja uma maneira de acessar aqueles 90% de capacidade não utilizada. E imaginamos o que poderia ser feito com toda a nossa massa cinzenta em ação. No entanto, essa ideia é absurda. Hoje, avanços em técnicas de mapeamento da atividade cerebral podem provar isso. Exames funcionais de imagem demonstraram que há poucas partes do cérebro que não podem ser ativadas por algo. Mesmo fazendo algo simples, como fechar nossas mãos, usamos muito mais do que 10% da nossa capacidade cerebral. Um desses exames revelou que vastas quantidades de células do cérebro entram em ação enquanto planejam e iniciam a contração dos músculos nos dedos e na palma.


MITO NÚMERO 2 – Nosso cérebro tem um lado racional e um lado criativo
Nosso cérebro está dividido em duas metades – o hemisfério esquerdo e o direito. Realmente, existe certa divisão de funções entre elas. Existem grandes diferenças entre os lados esquerdo e direito do cérebro. Mas essas diferenças não são como as pessoas geralmente acham que são. Certos livros e revistas podem passar para você a falsa impressão de que os dois hemisférios cerebrais são entidades separadas. Dizem que o esquerdo é a morada da lógica e da racionalidade. O direito é descrito como a fonte da intuição e da criatividade. Ou seja, de acordo com essa ideia, se você é uma pessoa racional, usa mais o lado esquerdo e, se você é do tipo sensível e artístico, usa mais o direito. Ainda de acordo com esse mito, nós seríamos mais bem sucedidos e realizados se aprendêssemos a explorar o potencial completo dos dois hemisférios. Existem diferenças na forma como as pessoas lidam com problemas e refletem sobre o mundo, mas isso não tem nada a ver com as diferentes relações entre os dois hemisférios do cérebro. Algumas pessoas têm ótima capacidade de imaginação visual. Outras têm boa imaginação auditiva. Existem muitas variações na forma como recebemos informações e as processamos. Diferentemente do mito, os dois hemisférios trabalham em conjunto, não separados Mas, reduzir isso a hemisfério esquerdo lógico e hemisfério direito criativo, não reflete a realidade do funcionamento do cérebro. Além disso, isso sugere que você poderia estar usando um hemisfério mais do que o outro e não é assim que as coisas funcionam. Os dois hemisférios trabalham juntos, por meio de uma rede complexa de cabos fibrosos conhecida como corpo caloso. Eles são complementares.


MITO NÚMERO 3 – A lua cheia influi no nosso comportamento
A crença popular afirma que a lua cheia está associada à loucura e é daí que vem a palavra lunático. Mas, quando os cientistas estudaram o assunto, não conseguiram detectar a influência da Lua sobre o comportamento humano. Ou seja, não existem provas de que haja uma relação entre a Lua cheia e acontecimentos como assaltos, prisões, suicídios, chamadas para números de emergência, internações psiquiátricas, envenenamentos, nem acidentes de automóvel, com geralmente se acredita. O pesquisador Eric Chudler, responsável por vários estudos sobre o tema, declara, enfaticamente: “A maioria das informações – e houve muitos estudos – indica que não existe qualquer associação entre fases da Lua e quaisquer comportamentos humanos anormais”.


MITO NÚMERO 4 – Ouvir Mozart torna as pessoas mais inteligentes
O compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart é o centro de uma teoria que nasceu na década de 90 e que levou muita gente a achar  que tocar peças daquele músico para crianças ouvirem melhoraria o desenvolvimento de seus cérebros, tornando-as mais inteligentes. Muitas vezes, mitos são criados com base em fatos reais. Este, em particular, teve origem em um estudo publicado pela revista científica Nature em 1993. A pesquisa descreveu um experimento no qual estudantes de uma universidade na Califórnia realizaram uma série de tarefas. Os voluntários que ouviram uma música de Mozart, antes de fazer os testes, se saíram um pouco melhor do que os que ouviram músicas para relaxamento ou não ouviram nada. Dois anos mais tarde, a mídia transformou as observações desse estudo numa teoria segundo a qual tocar Mozart para crianças e jovens melhorava a sua inteligência. Empresas começaram a vender grandes quantidades de CDs do gênio austríaco e, em 1998, nos Estados Unidos, o Estado da Georgia distribuiu CDs de Mozart para mães com bebês recém-nascidos. Alguns criaram teorias de que as estruturas musicais das composições de Mozart exerciam influência sobre as conexões nervosas do cérebro. Em estudos posteriores, porém, a verdade se mostrou bem menos fantasiosa.Os especialistas concluíram que qualquer música estimulante, tocada antes de exercícios mentais, torna as pessoas mais alertas e entusiasmadas e, por isso, o seu desempenho, muitas vezes, pode melhorar.

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