quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Mitos e verdades sobre epilepsia.

Normalmente com causas desconhecidas, a epilepsia é uma alteração no funcionamento cerebral que ocorre de forma temporária e é reversível. Durante algum tempo, o cérebro emite sinais incorretos, que podem ser somente de uma parte do cérebro ou espalhar-se. Quando fica restrita, é denominada parcial, e se envolve os dois hemisférios cerebrais, é denominada geral. Os sintomas podem ser mais, ou menos evidentes, dependendo do caso. O paciente com epilepsia pode apresentar crises de ausência, crises parciais simples (com distorções da percepção ou movimentos descontrolados do corpo), e até mesmo um medo repentino, ou ainda desconforto no estômago, ver e ouvir as coisas de uma forma diferente. Quando o paciente vem a perder a consciência, chamamos a crise de parcial complexa. Quando se recupera, ele pode apresentar ainda lapsos de memória e sentir-se confuso. As crises tônico-clônicas apresentam perda de consciência com rigidez no corpo, seguidas de contrações e movimentos involuntários do corpo. Se durarem mais de 30 minutos com o paciente inconsciente, podem prejudicar as funções cerebrais.

Ataque de epilepsia




São muitos os estigmas que envolvem a epilepsia e, por isso, se faz muito importante desmistificar alguns fatos tidos como verídicos por muitas pessoas. Muitos acreditam, por exemplo, que a epilepsia é uma doença contagiosa, mas isso é um mito, tratando-se apenas de uma doença neurológica não contagiosa. Outra questão bastante debatida e de suma importância para os primeiros socorros em uma crise, é que se deve segurar os braços e a língua da pessoa. O correto é colocar o indivíduo em crise deitado com a cabeça de lado, evitando, dessa forma, que haja aspiração de possíveis secreções, como o vômito. Não se deve introduzir objetos na boca da pessoa, tampouco interromper os movimentos dos membros. Importante frisar, ainda, que não se deve oferecer nada para a pessoa ingerir.

Procedimento

A epilepsia não é uma doença mental, e nem todas as crises de convulsão são decorrentes da epilepsia. No caso da doença neural há repetição das crises epilépticas, independentemente de serem convulsivas ou não. A doença, entretanto, segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito, não impede que um paciente de epilepsia dirija, desde que esteja fazendo uso de medicação antiepiléptica e esteja a um ano sem ter crises, fato comprovado por meio de laudo médico. Durante a retirada do medicamento, poderá dirigir desde que esteja há pelo menos dois anos sem crises, e fique por mais seis meses sem crises após a interrupção do remédio. A direção de motocicletas, entretanto, é proibida aos pacientes.

É possível que o paciente mantenha a consciência durante uma crise, já que estas apresentam-se de formas bastantes diferenciadas, e é fato que o estresse pode ser um fator desencadeador das crises. O uso de medicamento, entretanto, controla facilmente cerca de 70% dos casos de epilepsia, enquanto os outros 30% são classificados como epilepsias refratárias de difícil controle. Ainda que a epilepsia possa acometer pessoas de quaisquer idades, podendo ter início em qualquer fase da vida, o paciente com a doença pode ter uma vida completamente normal, estudando, trabalhando, praticando esportes e tudo que fazemos normalmente, desde que controlados por meio de medicamentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Evite usar palavras obcenas, obigado