terça-feira, 1 de abril de 2014

Pontos turísticos e suas verdades.

Viagens aos monumentos históricos e ambientes paradisíacos. Por um ângulo, pois no outro verá a realidade.
  • Pirâmides de Gizé
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Elas simbolizam o poder dos faraós do Egito Antigo e foram construídas como tumbas reais para os reis Quéops, Quéfren e Miquerinos (pai, filho e neto). A maior delas, conhecida como Pirâmide de Quéops, atualmente mede 137,16 metros de altura (originalmente eram 146,60 metros, mas falta parte de seu topo e revestimento) e foi construída aproximadamente em 2550 aC. Ela também é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que resistiu aos efeitos do tempo e das guerras.
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Temos a impressão de que as pirâmides estão no meio do deserto, mas engana-se, pois na realidade esse ponto turístico está localizado a poucos quilômetros da periferia de Cairo.
  • Stonehenge
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Localizado na planície de Salisbury, no condado de Wiltshire (sul da Inglaterra), estima-se que o mais famoso círculo de pedras do Reino Unido date de 3100 aC e, ainda que a origem de sua construção e sua função sejam incertas, acredita-se que era usado para estudos astronômicos, religiosos ou mágicos. Tanto mistério se deve especialmente às suas dimensões, já que há pedras que chegam a medir cinco metros de altura e pesar quase cinquenta toneladas.
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Construção que está de pé até hoje e em plano aberto revela que logo ao lado destes monumentais círculos concêntricos passa uma estrada e há até mesmo uma ruazinha para facilitar o acesso das hordas de turistas.
  • Taj Mahal
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Localizado na cidade de Agra, na Índia e construído ao longo de 21 anos e às custas do trabalho de 20 mil homens, trazidos de diversas cidades do Oriente. É a conhecido como a maior prova de amor do mundo, já que foi feito em homenagem à esposa favorita do imperador Shah Jahan, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal (“A Jóia do Palácio”). Aryumand morreu dando à luz o seu 14º filho e o Taj foi construído sobre o seu túmulo. Além da grande construção de mármore, que é o prédio mais conhecido, o complexo ainda é composto por uma mesquita, outros mausoléus secundários, uma entrada principal e um imenso jardim persa.
O país é o segundo mais populoso do mundo e, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 da Organização das Nações Unidas (ONU), seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é 0,554, ocupando o 136º.

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Ainda que Agra tenha uma estrutura estável e esteja entre as 30 cidades mais desenvolvidas da Índia, é só sair um pouco da rota dos turistas para dar de cara com muito, muito lixo, tendo como plano de fundo a imponente lembrança do luto de Shah Jahan.
  • Sagrada Família
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O Templo Expiatório da Sagrada Família, localizado em Barcelona, é considerada por muitos a obra-prima do arquiteto Antoni Gaudí. O artista assumiu o projeto em 1883, aos 31 anos de idade, e dedicou seus últimos 40 anos de vida a ele – os últimos 15 de forma exclusiva, e apesar disso, a obra nunca foi totalmente concluída, o que não deve acontecer antes de 2026, ano do centenário de morte do catalão.
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É só dar uma olhada em Barcelona vista de cima para praticamente perder a construção mais famosa de Gaudí no meio das quadras simétricas e da vastidão da metrópole. Nas redondezas, inclusive, há pouco espaço para construções que fujam do padrão geométrico adotado no bairro.
  • Portão de Brandenburgo
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O “Brandenburger Tor” é um antigo portão de Berlim que une o centro da histórico da cidade ao “Tiergarten”, a sede do parlamento, e, no século XVIII, foi reformado e transformado em um arco do triunfo – construção da arquitetura romana que normalmente simbolizava a vitória em uma grande batalha. O rei Frederico Guilherme II ordenou a sua criação como um símbolo de paz. Medindo 26 metros de altura, 11 metros de profundidade e 65 metros de largura, a reforma que o transformou em um marco neoclássico começou em 1788 e durou três anos. Hoje, é um dos pontos turísticos mais famosos da Alemanha.

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Ainda que tenha sido imponente por vários anos, a mania moderna de empilhar casas uma em cima das outras, fazendo edifícios cada vez mais altos, logo engoliu o Portão de Brandenburgo. Assim como no caso da Sagrada Família, quando se escolhe um ângulo menos turístico do lugar, sua grandiosidade é ofuscada pelos seus arredores, mesmo que os prédios que o circundem não possam ser chamados de arranha-céus. Se vivesse hoje, o rei Frederico teria bem mais trabalho para materializar o seu poder.
  • Cataratas do Niágara
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A reunião de três quedas de água no Rio Niágara marca a fronteira do estado norte-americano de Nova York com a província canadense de Ontário. Ainda que não sejam assim tão altas, elas recebem as águas dos lagos Erie e Ontário, o que faz com que tenham o maior fluxo do mundo, com cerca de 168 mil m³ de água caindo a cada minuto no período das cheias e aproximadamente 110.000 m³ em média. Famosas por sua beleza e uma importante fonte de energia hidrelétrica, elas têm sido um destino turístico muito popular há aproximadamente três séculos.
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Porém, se você acha uma beleza natural dessa seria totalmente cercada de mata fechada por todos os lados, como é o caso das nossas Cataratas do Iguaçú, está bastante enganado. Uma grande avenida do lado canadense da fronteira passa bem ao lado do rio e uma espécie de praça fica bem ao lado da Catarata Horseshoe, a maior das três quedas, que reúne 90% do fluxo do Rio Niágara. Há poucos metros do gigante da natureza, ergue-se o Fallsview Casino Resort, um arranha-céus de 32 andares e com uma área total de 230 mil m². Se a civilização der um passo descuidado, pode acabar se afogando nas águas furiosas que cortam os dois países.

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