quarta-feira, 14 de maio de 2014

Copa do Mundo pode ser um fiasco.

Só notícias ruis envolvendo o Brasil no noticiário e tabloides internacionais, uma das revistas mais conceituadas da Alemanha, a Der Spiegel dedicou a capa e a principal matéria de sua mais recente edição para falar sobre a Copa do Mundo de futebol, no Brasil. E, seguindo a tendência de outras publicações estrangeiras, as previsões são pessimistas para a realização do Mundial, que começa em 12 de junho. “A maior festa do mundo no país do futebol pode acabar em fiasco”, diz a publicação, datada desta segunda-feira.
A reportagem de dez páginas, assinada por Jens Glüsing, é intitulada “Gol contra do Brasil” chama a organização da Copa de caótica, e fala dos problemas de infraestrutura e segurança que o país vive. A Der Spiegel cita os riscos de protestos e greves e, dando um clima alarmista para a situação do Brasil a menos de um mês da Copa“Manifestações, greves e tiroteios em vez de festa. Os cidadãos estão revoltados com estádios caros e políticos corruptos – e eles sofrem com a economia estagnada”, diz a publicação.
A matéria começa com o cenário do Itaquerão em destaque, descrevendo a visita de Dilma Rousseff ao estádio do Corinthians e da abertura do Mundial e o cenário de obras em que o local ainda se encontra: “uma aparência fantasmagórica”. Cita também que, ao contrário de outros países, em que o chefe de estado aproveitaria o palanque da abertura Copa para um discurso, deve manter o silêncio com medo de vaias – como aconteceu na Copa das Confederações.
Há ainda uma ironia com o ministro do Esporte Aldo Rebelo, que disse que o povo brasileiro é pessimista. “Uma declaração surpreendente para um Governo que vende o Brasil como um refúgio de alegria tropical.
A Der Spiegel mistura economia, política e problemas sociais para pintar um quadro bem mais amplo do país – fala do Plano Real, do governo Lula, de inflação e da diminuição do número de brasileiros nos níveis extremos de pobreza. E arremata dizendo que quando Lula brigou pela Copa do Mundo no país, a ideia era dar mais um passo no crescimento do Brasil.

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