Um aviso sério muitas vezes acompanha esses relatos: acordar um
sonâmbulo pode matá-lo! No entanto, as chances de se matar alguém com
esse problema com o choque do despertar repentino são tão grandes quanto
a de alguém morrer ao sonhar com a morte.
Embora seja verdade que acordar um sonâmbulo,
especialmente à força, pode estressá-lo, pensar que alguém poderia
morrer por causa de um choque como esse é uma crença totalmente falsa, diz Michael Salemi do Centro Califórnia para Distúrbios do Sono.
“Você pode assustar um sonâmbulo, e ele pode ficar muito
desorientado e ter reações violentas ou confusas, mas nunca ouvi falar
de nenhum caso documentado de alguém que tenha morrido ao ser
despertado”. O perigo do sonambulismo está mais ligado àquilo que o sonâmbulo pode encontrar ao sair por aí em seus devaneios noturnos.
O sonambulismo faz parte de uma categoria maior de distúrbios relacionados ao sono,
conhecidos como parassonias, incluindo terrores noturnos, distúrbio de
comportamento do sono paradoxal, síndrome das pernas inquietas e
sonambulismo.
Para a maioria das pessoas, o sonambulismo consiste de atividades
corriqueiras como sentar-se na cama, andar a passos lentos pela casa e
vestir-se ou tirar a roupa. Uma minoria manifesta comportamentos mais
complexos, como preparar refeições, fazer sexo, pular janelas e dirigir –
enquanto na verdade ainda estão dormindo. Esses episódios podem durar
alguns segundos ou se estender por 30 minutos ou até mais.
“O sonâmbulo está meio dormindo e meio acordado”,
afirma Carlos Schenck da University of Minnesota, “O cérebro produz
ondas delta e teta, o que demonstra realmente que a pessoa está em um
estado de atividade noturna”.
Normalmente o sonambulismo ocorre durante o terceiro e o quarto
estágio do sono não-REM, os estágios mais profundos, caracterizados por
um sono de ondas baixas, ou delta, e pouco sonhos ou nenhum.
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