terça-feira, 25 de junho de 2013

SAÚDE - Eles sobreviveram sem comida.

Por quanto tempo podemos sobreviver sem comer? Não há um tempo certo. Os médicos afirmam que podemos aguentar cerca de um mês se comer nada, mas isso depende de diversos fatores, em especial de nossa reserva de gordura de cada pessoa.
Normalmente, o estômago dá sinais de insatisfação após poucas horas sem comida. Imagine, então, ficar até um mês sem comer?
A greve de fome é uma das principais estratégias de resistência pacífica utilizada por prisioneiros políticos, líderes religiosos e ativistas de todo o mundo. Um dos casos mais conhecidos é o do famoso líder político Mahatma Gandhi. Em maio de 1933, ele principiou uma greve de fome em protesto à opressão britânica contra a Índia. Assim, Gandhi permaneceu por 21 dias em total privação de comida e com apenas alguns goles de água.
Os direitos dos animais também foram defendidos dessa forma. Em 1998, o ativista Barry Horne, cumprindo pena de 18 anos por posicionar dispositivos incendiários em lojas que vendiam casacos de pele, deu início a sua terceira greve de fome. Após 49 dias sem comida, ele precisou ser levado ao hospital para ser monitorado. O protesto deixou Barry com danos nos rins e problemas de visão. Em 2001, durante sua quarta greve de fome, o ativista faleceu em decorrência de uma insuficiência hepática.
Foi justamente quando um homem tentou cortar seu suplemento de água que o ilusionista americano David Blaine pensou em desistir do desafio de se manter sem comida durante 44 dias, dentro de uma caixa erguida sobre o Rio Tâmisa, em Londres. “Volte para os Estados Unidos”, gritou o sabotador, reforçando os protestos contra a investida de Blaine. Mesmo que lhe arremessassem ovos, gritassem indecorosamente e até lhe mandassem, via helicóptero de controle remoto, um hambúrguer por cima de sua morada temporária, Blaine conseguiu suportar o tempo proposto e pôde sair da jaula no dia 19 de outubro de 2003, emocionalmente abalado, 30% mais magro e recordista mundial, segundo o livro dos recordes.
No final de 1991, o estudante de Medicina James Scott, então com 22 anos, viajou da Austrália para o Nepal para uma caminhada no Himalaia. Após uma tempestade, perdeu-se da trilha e, durante os 43 dias seguintes, sobreviveu apenas com bolas de neve derretidas e uma lagarta. Foi através de uma rotina disciplinada e pensamento positivo que sua história se tornou um dos principais feitos de sobrevivência já relatados.
O ilusionista carioca Erikson Leif, foi ainda mais longe. Para isso, passou 51 dias, 22 horas e 30 minutos sem comer, alocado em uma cabine de vidro, a 9 m do chão, em Curitiba (PR). Leif entrou na caixa com 103kg e saiu com 78,5kg. Com o feito, riscou o nome de Blaine e assumiu o recorde oficial de jejum mais prolongado.
Já o japonês Mitsutaka Uchikoshi, 35 anos, que aguentou 24 dias sem comida e sem água. O homem desapareceu ao escalar o monte Rokko, no oeste do Japão, com amigos. Conforme o relato, Uchikoshi deitou-se em uma área gramada, onde permaneceu até seu resgate, 24 dias depois. Ao ser encontrado, o estado do japonês era assustador: não tinha pulso, seus órgãos haviam parado e sua temperatura corporal chegara a 22°C. Os médicos acreditam que o sobrevivente tenha entrado em um estágio precoce de hipotermia.
Casos como esse, que desafiam a medicina, demonstram a força do instinto de sobrevivência humano. Segundo Carvalho, a ânsia pela vida e o equilíbrio emocional podem auxiliar nas adaptações metabólicas necessárias. Fonte: Portal Terra.

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