Normalmente, o estômago dá sinais de insatisfação após poucas horas sem comida. Imagine, então, ficar até um mês sem comer?
A greve de fome é uma das principais estratégias de resistência
pacífica utilizada por prisioneiros políticos, líderes religiosos e
ativistas de todo o mundo. Um dos casos mais conhecidos é o do famoso
líder político Mahatma Gandhi. Em maio de 1933, ele principiou uma greve
de fome em protesto à opressão britânica contra a Índia. Assim, Gandhi
permaneceu por 21 dias em total privação de comida e com apenas alguns
goles de água.
Os direitos dos animais também foram defendidos dessa forma. Em
1998, o ativista Barry Horne, cumprindo pena de 18 anos por posicionar
dispositivos incendiários em lojas que vendiam casacos de pele, deu
início a sua terceira greve de fome. Após 49 dias sem comida, ele
precisou ser levado ao hospital para ser monitorado. O protesto deixou
Barry com danos nos rins e problemas de visão. Em 2001, durante sua
quarta greve de fome, o ativista faleceu em decorrência de uma
insuficiência hepática.
Foi justamente quando um homem tentou cortar seu suplemento de água
que o ilusionista americano David Blaine pensou em desistir do desafio
de se manter sem comida durante 44 dias, dentro de uma caixa erguida
sobre o Rio Tâmisa, em Londres. “Volte para os Estados Unidos”, gritou o
sabotador, reforçando os protestos contra a investida de Blaine. Mesmo
que lhe arremessassem ovos, gritassem indecorosamente e até lhe
mandassem, via helicóptero de controle remoto, um hambúrguer por cima de
sua morada temporária, Blaine conseguiu suportar o tempo proposto e
pôde sair da jaula no dia 19 de outubro de 2003, emocionalmente abalado,
30% mais magro e recordista mundial, segundo o livro dos recordes.
No final de 1991, o estudante de Medicina James Scott, então com 22
anos, viajou da Austrália para o Nepal para uma caminhada no Himalaia.
Após uma tempestade, perdeu-se da trilha e, durante os 43 dias
seguintes, sobreviveu apenas com bolas de neve derretidas e uma lagarta.
Foi através de uma rotina disciplinada e pensamento positivo que sua
história se tornou um dos principais feitos de sobrevivência já
relatados.
O ilusionista carioca Erikson Leif, foi ainda mais longe. Para isso, passou 51 dias, 22 horas e 30 minutos sem comer, alocado em uma cabine de vidro, a 9 m do chão, em Curitiba (PR). Leif entrou na caixa com 103kg e saiu com 78,5kg. Com o feito, riscou o nome de Blaine e assumiu o recorde oficial de jejum mais prolongado.
O ilusionista carioca Erikson Leif, foi ainda mais longe. Para isso, passou 51 dias, 22 horas e 30 minutos sem comer, alocado em uma cabine de vidro, a 9 m do chão, em Curitiba (PR). Leif entrou na caixa com 103kg e saiu com 78,5kg. Com o feito, riscou o nome de Blaine e assumiu o recorde oficial de jejum mais prolongado.
Já o japonês Mitsutaka Uchikoshi, 35 anos, que aguentou 24 dias sem
comida e sem água. O homem desapareceu ao escalar o monte Rokko, no
oeste do Japão, com amigos. Conforme o relato, Uchikoshi deitou-se em
uma área gramada, onde permaneceu até seu resgate, 24 dias depois. Ao
ser encontrado, o estado do japonês era assustador: não tinha pulso,
seus órgãos haviam parado e sua temperatura corporal chegara a 22°C. Os
médicos acreditam que o sobrevivente tenha entrado em um estágio precoce
de hipotermia.
Casos como esse, que desafiam a medicina, demonstram a força do
instinto de sobrevivência humano. Segundo Carvalho, a ânsia pela vida e o
equilíbrio emocional podem auxiliar nas adaptações metabólicas
necessárias.
Fonte: Portal Terra.
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