segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

5 explicações que vão melhorar o seu conhecimento sobre a gripe.

A gripe é uma doença que todos os anos ataca milhares de pessoas no mundo. Por mais que seja comum e muitas vezes não desperte grande preocupação por parte da população, ela ainda deixa muitos hospitalizados e também causa diversas mortes. A desinformação das pessoas é uma das coisas que mais agrava a situação provocada pela gripe.

1. Antibióticos não curam a gripe
Em tempos mais antigos, mais precisamente até os anos 1970, era comum os médicos receitarem antibióticos para qualquer caso de infecção. As pessoas chegavam até a se sentir melhores, mas, de fato, como explica o professor de pediatria e medicina da Universidade de Utah Andrew Paiva, o efeito era o mesmo de receitar pílulas de açúcar para os pacientes. Esses medicamentos só funcionam contra bactérias e não possuem qualquer efeito contra os vírus que causam a gripe.
Isso faz com que algumas pessoas, até hoje, acreditem que o uso de antibióticos pode curar a gripe, mas os médicos já não receitam mais esse tipo de remédio com facilidade. Na verdade, existe até um controle rigoroso para a venda desse item junto às redes de farmácia. E isso tudo tem uma razão bem plausível: o uso dessas substâncias sem qualquer necessidade pode desenvolver bactérias resistentes ao medicamento.
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2. A chamada “gripe de estômago” não é causada pelo mesmo vírus da gripe comum
A gripe tradicional, como conhecemos, também é chamada de influenza. Por mais que ela possa causar alguns distúrbios gastrointestinais como diarreia e vômito, principalmente nas crianças, não é a mesma coisa que a chamada “gripe de estômago”. A gripe comum é uma doença respiratória que afeta os pulmões e as vias aéreas. Já a gripe de estômago é um desconforto que pode ser causado por outros tipos de vírus, bactérias ou até parasitas.
Cerca de 3 mil morrem anualmente em virtude de infecções alimentares nos EUA.

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3. Você não está mais suscetível a uma gripe por sair no tempo frio e úmido
Quantas vezes você não ouviu, durante a sua vida, da sua mãe ou da avó, que deveria levar um casaco ou não sair com o cabelo molhado no sereno para não pegar uma gripe? Muitas, certamente. Pois é, mas, de fato, segundo o médico-chefe do escritório da rede de saúde da cidade de Tucson, Estados Unidos, Donald Denmark, essa situação não agrava o risco de pegar uma gripe. A doença somente é transmitida por meio do contato da pessoa com outra contaminada, inalando o vírus exalado pela tosse ou pela coriza.
Assim sendo, acredita-se que essa informação equivocada tenha surgido em função dos períodos de maior incidência da gripe, que acontecem no inverno, quando o tempo está frio e úmido. Por isso as pessoas costumam ter esse fato como senso comum.

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4. Tomar a vacina em um ano não previne contra a contaminação no ano seguinte
A vacina contra a gripe não oferece 100% de imunidade mesmo se tomada regularmente. Mesmo assim, muitas pessoas acreditam que o efeito que o medicamento produz no organismo é suficiente para permanecer imune por mais de um ano e deixam de tomar a vacina no período seguinte.
O grande fator aqui é que os vírus, para se manterem vivos, precisam se reproduzir. Para conseguir isso, eles invadem um organismo e injetam material genético nas células. Esse conteúdo, por sua vez, faz com que a célula crie diversas cópias do vírus e acabe espalhando por suas semelhantes. Enquanto isso, o sistema imunológico vai trabalhando para identificar o vírus e atacá-lo toda vez que ele invadir o organismo. Como uma forma de defesa contra esse recurso, o vírus passa por diversas mutações, fazendo com que cada nova identificação genética tenha que ser reconhecida novamente pelo sistema imunológico.

Ou seja, a vacina tomada neste ano não vai estar preparada para as “novidades” do ano que vem. Pelo menos não até que a ciência consiga desenvolver uma solução imunológica vitalícia, como a que vem sendo testada por alguns cientistas e que nós também noticiamos por aqui.
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5. Uma gripe não é tão diferente de um resfriado forte
As pessoas tendem a pensar que a gripe é muito pior que o resfriado e, de fato, não estão erradas, mas, do ponto de vista dos sintomas e da recuperação, as doenças não são tão diferentes. Sim, a gripe causa problemas debilitantes e que derrubam qualquer um, como febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e de cabeça e fadiga, mas os pacientes levam de dias até algumas semanas para se recuperarem. Somente alguns casos mais graves apresentam sintomas de desidratação e sepsia, que são toxinas no sangue que podem provocar falência de órgãos.
No entanto, o que gera grande número de óbitos em função da gripe é a baixa imunidade causada pela infecção. Isso pode potencializar problemas crônicos e aumentar o risco de a pessoa contrair outras doenças, principalmente por bactérias, como no caso da pneumonia. Aqueles com histórico de asma, insuficiência cardíaca congestiva ou outros distúrbios pulmonares crônicos podem ter complicações a partir de infecção pelo vírus da gripe. Esses casos é que realmente tornam a doença mais fatal.
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Fonte: How Stuff Works/Patrick J. Kiger
Imagens: Shutterstock

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