As empresas, indústrias e fábricas são as maiores consumidoras de energia elétrica no Brasil. Algumas dessas empresas já têm apostado na instalação de geradores solares, que podem reduzir o custo, mas não podem zerá-lo, ou seja, por mais que uma empresa seja autossustentável na geração de sua energia elétrica com painéis solares, ela ainda vai precisar pagar uma taxa para a concessionária responsável pela distribuição de energia. Uma Resolução Normativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou, em 2012, as regras para a mini geração de energia no Brasil. Com as regras, as empresas podem conseguir uma grande economia de eletricidade e descontos na conta de luz, mas terão que pagar um valor por estarem conectadas à rede de energia. Atualmente, no Brasil, menos de 0,0008% da energia gerada vem de sistemas solares fotovoltaicos. Isso acontece porque faltam incentivos governamentais para que as empresas e pessoas físicas tenham interesse na instalação do sistema. Os consumidores de energia elétrica que já contam com painéis solares devem atuar como geradores de energia, seguindo a obrigação de respeitar uma potência máxima para os geradores, de acordo com sua classificação no sistema. Empresas que sejam capazes de gerar mais de 1 MWp (megawatt pico) de energia já se enquadram na categoria de usina. A primeira usina fotovoltaica desse tipo no Brasil é a MPX Tauá, que pertence ao Eike Batista. Para montar seus sistemas com painéis solares, as empresas devem respeitar as determinações da legislação. Como regra, as distribuidoras de energia poderão cobrar a taxa de iluminação pública e a taxa de uso da rede, mas, ainda assim, a economia na conta de luz pode chegar a 90%. Para ficar livre do pagamento às distribuidoras, as empresas precisam ter um sistema de energia solar alimentado com baterias, chamado de “Sistema de Energia Solar Autônomo ou Isolado”. Contudo, este tipo de sistema custa muito caro, o que inviabiliza os projetos. No caso da Micro e Mini Geração de Energia, as empresas podem chegar a energia necessária para sua operação e ainda enviar potencial elétrico para a rede de distribuição. Neste caso, elas ficariam com “créditos energéticos” junto às distribuidoras e teriam descontos na conta de luz. O que acontece, na verdade, é um forte lobby em benefício das empresas concessionárias de energia. Os consumidores não conseguem se tornar livres das taxas de distribuição e consumo porque são obrigados a manter o lucro das empresas privadas que controlam os sistemas no Brasil.
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