terça-feira, 21 de maio de 2013

Banda larga no Brasil está entre as mais caras do mundo.

O Brasil ocupa o segundo lugar no hanking dos países com o maior custo no acesso a internet. Um dos motivos é a elevada tributação fiscal que fica na média de 40% do valor total da conta.

Além do custo elevado, a qualidade do serviço deixa muito a desejar, em especial devido ao fato das operadoras não entregarem a velocidade contratada.  Uma das estratégias consiste em fazer o contrato de prestação de serviço e fornecimento do acesso com base na franquia de consumo por tráfego de dados e não pela velocidade.

Nos planos mais baratos é oferecido uma certa quantidade de tráfego, por exemplo, 200 MB de consumo de acesso por mês. Depois de consumido esta quatidade de arquivos a velocidade baixa   para 130 e 30 Kbps o que é algo muito lento. Tive a oportunidade de testar várias operadoras e ao monitorar a velocidade todas as operadoras testadas oscilavam constantemente indo de 130 a 30 Kbps durante a navegação. Isso após ultrapassar a franquia de dados contratada.

Em média um usuário navegando pela internet que acessa e-mails, youtube e redes sociais consome na faixa de 5 a 10 Gb de dados ao mês. Nestes casos uma franquia de 1 a 2 Gb de dados é consumida na primeira semana de uso ficando os demais dias do mês com um acesso de baixa qualidade com velocidade oscilante entre 130 e 30 Kbps.

O custo de 1 Mbps no Brasil é de R$ 50,52 enquanto que no japão a mesma velocidade custa o equivalente a R$ 0,54 ao mês e a tributação fiscal é de 5%. No EUA o custo médio é de R$ 6,60 e em Portugal sai por R$ 21,00 ao mês. Na escala dos países com a internet mais cara do mundo o Brasil só perde para a Argentina que cobra na faixa de R$ 92,00 para cada 1 Mbps.

No Brasil um trabalhador com renda per capta média de R$ 10,00 por hora gasta em média mais de cinco horas de trabalho para pagar seu acesso à internet. Ocupando o segundo lugar no hanking da internet mais cara no mundo, parece contraditório o insistente discurso governamental em defesa da inclusão digital. Os dados citados aqui foram coletados do estudo em parceria entre a FGV e a Universidade Federal de Viçosa.

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