Desta
forma, é possível descobrir qual o número que corresponde à letra
inicial e pode-se saber se aquele é o primeiro, o segundo ou o terceiro
furacão do ano. Por exemplo: a letra K, de Katrina, é a décima primeira
do alfabeto. Isso quer dizer que este furacão foi o décimo primeiro
daquele ano.
Geralmente, não passa de 26 o total de
letras do alfabeto, igual ao número de furacões por ano. Mas se esse
limite for ultrapassado, serão utilizadas letras do alfabeto grego, como
alfa, beta, gama etc.
A prática de batizar os furacões com nomes próprios começou na década de 1950, quando especialistas passaram a identificar o fenômeno através de imagens dos satélites. Até então, eles eram batizados com números e, muitas vezes, nem chegavam a ser detectados, principalmente quando nasciam e morriam sobre o oceano.
Nesta época, os furacões passaram a receber nomes femininos. O primeiro, por exemplo, foi chamado de Able.
Isso levou as mulheres da época a protestarem. Elas alegaram que não é
nada elegante chamar um fenômeno tão devastador como um furacão de Rita
ou Wilma. Os meteorologistas, então, modificaram a regra. Assim, desde
1979, os nomes se alternam entre femininos e masculinos. Nem todos os
nomes das listas feitas pela Organização Meteorológica Mundial, no
entanto, ficam conhecidos pelo público, como Rita e Katrina. Isso
acontece porque os nomes são dados quando o fenômeno está em formação,
antes de se tornar um furacão propriamente dito. Como muitos não passam
de tempestades tropicais que acontecem ainda em alto-mar, eles não
chegam a ser divulgados, já que não provocam destruições no continente.
Sempre
que um furacão é muito violento e causa grandes danos, seu nome é
retirado da lista. Também não são todos os nomes que serão usados
novamente, quando as listas voltarem a ser empregadas. Katrina, por
exemplo, sairá da listagem porque a passagem desse furacão foi tão
violenta que sempre será lembrada. Nos últimos 50 anos, por exemplo, 62 furacões muito fortes
passaram pelos mares do Caribe, pelo oceano Atlântico e pelo Golfo do
México. Seus nomes, retirados das listas, são lembrados até hoje. Os
nomes dos furacões e das tempestades tropicais são dados sempre que seus
ventos atingem 62 km/h. Somente 3 furacões categoria 5 atingiram a
costa dos EUA no século passado: um deles, sem nome, atingiu a Flórida
em 1935, o Furacão Camille, em 1969, e o Furacão Andrew, em 1992.
No século XIX, Clement Wragge,
um meteorologista australiano, divertiu-se usando nomes de políticos
locais para classificar furacões, como uma crítica à falta de um rumo
definido e ao comportamento imprevisível das tempestades e dos
políticos. Até o começo do século XX, furacões na região do Caribe
ganhavam o nome do santo do dia em que eles atingiam terra firme.
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