Segundo um estudo da Agência
Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) publicado em 2010, não foi
possível concluir uma relação causal entre o aparecimento de Câncer e o uso de
celulares. No entanto, o mesmo estudo sugeriu que existe um aumento do risco em
40% para o surgimento de gliomas e 15% para meningiomas em pessoas que usam
excessivamente o celular.
É justamente nesta
informação que o tribunal baseou sua decisão. O requerente da ação tinha um
histórico de uso de celular com mais de 6 horas ao dia durante12 anos.
O estudo sobre Câncer e
celulares durou dez anos e iniciou em 2000 tendo como método a observação e
acompanhamento de dois grupos de pessoas.
Um grupo foi de pessoas que possuíam
câncer e usavam celulares. O outro grupo foi de pessoas que não possuíam a
doença e usavam celular.
O resultado foi um aumento
de 40% de câncer nas pessoas cujo hábito era de uso constante do aparelho.
O estudo foi criticado por
alguns especialistas que observaram a possibilidade de múltiplas interpretações
para os dados apresentados e que o método adotado foi frágil já que se baseou
na entrevista sobre os hábitos dos participantes.
O uso de telefones móveis
mudou nos últimos dez anos e está aumentando especialmente entre os jovens e
crianças que não foram tidos em conta no estudo da Agencia Internacional para
Pesquisa sobre Câncer.
Um novo estudo está em
andamento, financiado pela União Européia para investigar o risco de tumores
cerebrais associados com crianças e adolescentes. Os primeiros resultados
são esperados para 2016.
A polemica sobre os celulares
causarem ou não Câncer ainda é grande e os resultados dos estudos não foram
categóricos até o momento. Pode ser prudente usar o aparelho com cuidado e evitar o uso em
excesso.
A noticia sobre o julgamento
indenizatório por uso do celular foi citada no link: http://sciencesetavenir... Outro texto aqui no blog sobre o efeito dos celulares pode ser acessado aqui.
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