A
enxaqueca é uma disfunção orgânica caracterizada por diferentes graus
de dores de cabeça. Muitas vezes, uma dor no pescoço ou na zona cervical
pode também ser diagnosticada como enxaqueca. A seguir, algumas
informações úteis sobre esse desconforto que ataca pessoas no mundo
inteiro.
A
enxaqueca resulta da pressão exercida por vasos sanguíneos dilatados
sobre o tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento envolve drogas
vasoconstritoras (contração dos vasos sanguíneos) para aliviar a
pressão. No entanto, é preciso cuidado, porque essas drogas podem causar
efeitos colaterais no sistema circulatório, sendo desaconselhadas para
pessoas com problemas cardiológicos. O termo “cefaleia” é utilizado
para designar qualquer dor de cabeça. Às vezes, a dor de cabeça pode não
ser uma doença em si mesma, mas sim um sintoma de outra, como um tumor
cerebral, uma meningite, um AVC (Acidente Vascular Cerebral, também
conhecido como “derrame cerebral”), uma sinusite aguda ou problemas
ortodônticos ,por exemplo. A origem da palavra “enxaqueca” é árabe e
significa “meia cabeça”, enquanto o seu sinônimo, “migrânea”, vem do
grego antigo “hêmikraníon”, com o significado de “metade do crânio”.
Tipos de enxaqueca
A
enxaqueca se divide em duas formas: com aura e sem aura. A aura é um
fenômeno neurológico específico, como a ocorrência de escotomas (perda
total ou parcial da sensibilidade visual, rodeada de outra região em que
a visão normal está preservada.) que precedem, em minutos, o
aparecimento da dor. Nem sempre esse tipo de alteração acontece e, daí, a
ocorrência da chamada enxaqueca sem aura, a mais comum. Tais alterações
ocorreriam por distúrbios elétricos negativos ao nível do córtex
cerebral, em especial na região occipital, responsável pela visão.
Lendas e mitos
Existe
uma lenda de que a enxaqueca é emocional, que não tem cura ou
tratamento, é uma forma do paciente chamar atenção e assim por diante.
Nada disso é verdade, são apenas preconceitos e existem diversas opções
adequadas de tratamento, sejam medicamentosas – na crise ou prevenção –
ou de relaxamento, como o biofeedback (realimentação biológica) e
orientações quanto ao modo de vida do paciente que o beneficiarão
bastante. Muitas enxaquecas podem ser eliminadas quando suas causas são
corrigidas. Porém, antes, precisa-se ter certeza de que se trata
realmente de enxaqueca, pois é comum a cefaleia ser consequência de
outros problemas, como os ortodônticos, por exemplo.
Homens e mulheres
Nos
Estados Unidos, 30.000.000 de pessoas sofrem com enxaqueca, um problema
de saúde que afeta as mulheres três vezes mais do que os homens. A
enxaqueca apresenta efeitos variáveis em intensidade e frequência na
população. A partir da análise de casos passados, neurologistas do
Hospital Geral de Massachussets, em Boston (EUA), elaboraram um catálogo
com informações sobre quem mais sofre com essa condição clínica e quais
as razões. Um dos principais fatores de influência são os hormônios. As
mulheres são mais propensas a desenvolver enxaqueca, conforme explicam
os médicos, justamente porque ela está associada às mudanças hormonais
relativas ao ciclo menstrual. Este dado ganhou força quando foi
verificado que as pacientes tendem a sofrer menos com o problema tão
logo atingem a menopausa. Além disso, é justamente nos dias mais
próximos da menstruação que as mulheres têm os picos mais agudos de
incidência de enxaqueca.
Grupos de risco
Mas
há também outros fatores. Quadros médicos como depressão, ansiedade,
pressão alta, derrames e epilepsia estão associados à enxaqueca, em
maior ou menor escala. A faixa etária mais atingida pelo problema está
entre os 15 e 55 anos, sendo o auge da incidência por volta dos 40. A
existência de um histórico familiar de enxaqueca também influencia nas
chances de alguém ser portador. Mesmo que você não se encaixe em nenhum
destes grupos de risco, é possível que contraia enxaqueca. Os cientistas
ainda debatem as razões que determinam essa condição.
Origens e tratamento
Muitos
defendem a ideia de que a enxaqueca pode ser ativada em qualquer pessoa
por uma série de perturbações rotineiras. No organismo, incluem-se
problemas como insônia, estresse, baixa taxa de açúcar no sangue,
desidratação e consumo de certos alimentos, além da ingestão excessiva
de bebidas alcoólicas. Fatores externos como mudanças no clima, luzes
muito fortes e ruídos de grande intensidade também podem desencadear a
enxaqueca. Assim como no caso de outras doenças neurológicas, não há uma
cura comprovada para quem sofre de enxaqueca. Apesar disso, existem
tratamentos eficientes para ajudar a reduzir a dor e o incômodo, alguns
dos quais se utilizam de medicamentos como o botox. Terapias como estas
são a maior chance do paciente na luta contra as condições que levaram
ao problema.
Saiba mais acessando:
http://www.enxaqueca.com.br/
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